Foi um jogo tenso. Antes mesmo de completar os dois minutos,
aconteceu a primeira confusão. Bruno Salvador acertou Wender, com o lance já
parado, e Leandro Leite foi tirar satisfação do capitão áureo-cerúleo. Um minuto
depois Clodoaldo pediu pênalti e, depois do lance, foi empurrado por
Cirilo.
Embora em termos de classificação pouca coisa mudou com o resultado desta
quarta-feira (22) à noite (Brasil é 2º com 6 pontos; Pelotas é o 3º com 5
pontos), os dois clubes têm seus motivos para vibrar ao lado do torcedor. O
Lobão comemorou por ter empatado um jogo que estava quase perdido, aos 47
minutos do segundo. Para os xavantes, valeu pela manutenção de duas escritas:
nove anos sem perder para o rival e 14 anos sem derrota no estádio da
Avenida.
Futebol depois dos seis minutos
A partir dos
seis minutos, as duas equipe resolveram colocar a bola no chão. Melhor para o
Pelotas, que criou as primeiras
oportunidades. Aos 13 minutos Clodoaldo pegou a
sobra pelo lado direito, passou por Cirilo e arriscou da entrada da meia-lua,
mas o chute saiu sem perigo para Luiz Müller. Dois minutos depois Maicon
Sapucaia cobrou falta rápida, Tiago Renz chutou no canto e Luiz Müller mandou
para escanteio. Mas aos 17 não teve jeito. Tiago Renz cobrou falta com
categoria, Luiz Müller falhou no golpe de vista e o Pelotas marcou o primeiro
gol do Bra-Pel 350.
O Xavante não se abateu com a desvantagem e partiu
para o ataque. Bruno apareceu pela primeira vez aos 25 minutos, ao espalmar para
escanteio chute de Washington. No minuto seguinte, porém, o Brasil chegou ao
empate. Marcos Paraná cobrou o escanteio, a zaga afastou mas a bola caiu nos pés
do camisa 10 xavante. Ele cruzou fechado, Márcio Jonatan antecipou Bruno e
colocou no canto: 1 a 1.
A virada quase veio dois minutos depois. Marcos
Paraná bateu novo escanteio, desta vez pela direita, e encontrou Tiago Saletti
livre na primeira trave, mas a conclusão cobriu a meta áureo-cerúlea. Só que aos
31 minutos Marcos Paraná fez um gol de craque. Ele recebeu passe na
intermediária, driblou o adversário usando o calcanhar e mandou um chutaço, no
ângulo do goleiro Bruno.
Hora de Sotilli
No
intervalo, a torcida começou a pedir pela entrada de Sandro Sotilli. Mesmo sem o
goleador, o Pelotas voltou tentando pressionar. Com um minuto Cleiton desviou um
cruzamento de Tiago Renz, mas nas mãos de Luiz Müller. Aos 4, Brida cobrou falta
pela direita, Bruno Salvador desviou e cobriu a meta rubro-negra. A resposta do
Brasil veio no minuto seguinte. Tiago Saletti cobrou falta de muito longe e por
pouco não acertou o ângulo. Aos 11 minutos Bruno salvou o Lobão. Márcio Jonatan
entrou livre pela direita e bateu cruzado, mas parou no goleiro do
Pelotas.
Aos 12 a torcida áureo-cerúlea foi ao delírio quando o técnico
Beto Almeida chamou Sandro Sotilli para entrar em campo. Aos 15, ele e Felipinho
entraram nos lugares de Nconco e Clodoaldo. Mas ao invés de melhorar, o Lobão
piorou. Aos 27 Moizés cobrou falta do lado esquerdo, Bruno se atrapalhou para
fazer a defesa no canto e por pouco o Brasil não ampliou. O lance causou mais um
tumulto na grande área áureo-cerúlea. Depois da confusão com um gandula, Rogério
Zimmermamnn foi expulso por Márcio Chagas da Silva. Indignado, o treinador
precisou ser escoltado pela Brigada Militar para deixar o gramado da Boca do
Lobo.
Na marca da cal
Aos 45 minutos Alex Amado fez
fila pela esquerda da área e caiu na frente do goleiro Bruno, mas Márcio Chagas
da Silva mandou o lance seguir. Mas aos 46 o pênalti foi marcado, só que para o
Pelotas. Éder Silva chegou atrasado, deu um carrinho e acabou derrubando
Felipinho. Brida foi para a cobrança aos 47 e colocou no canto direito, Luiz
Müller acertou o lado mas nada pôde fazer para evitar o 2 a
2.
Ficha técnica
Pelotas - Bruno;
Igor, Willian Paulista, Bruno Salvador e Brida; Tiago Gaúcho, Tiago Renz, Maicon
Sapucaia (Carlinhos) e Cleiton; Clodoaldo (Felipinho) e Nconco (Sandro Sotilli).
Técnico: Beto Almeida
Brasil - Luiz Müller; Éder Silva,
Jonas, Cirilo e Tiago Saletti (Galego); Leandro Leite, Washington, Wender
(Moizés) e Marcos Paraná (Willian Kozlowski); Alex Amado e Márcio Jonatan.
Técnico: Rogério Zimmermann
Arbitragem: Márcio Chagas da
Silva, auxiliado por Júlio César dos Santos e Lúcio Flor
Cartões
amarelos: Willian Paulista, Carlinhos, Tiago Renz e Nconco (Pelotas);
Cirilo, Tiago Saletti, Wender e Márcio Jonatan
(Brasil)
Local: estádio Boca do Lobo , com 12 mil pessoas no estádio.
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