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| EQUIPE DE 1915 , VICE CAMPEÃ DA CIDADE. |
O dia 6 de junho de 1944 ficou conhecido mundialmente como o Dia D. Na ocasião, o desembarque dos Aliados na Normandia, praia francesa, decretou as primeiras ações do final da Segunda Guerra Mundial. Se o evento é tratado com carinho pelos livros de história, para a nação Xavante ele comete uma grande gafe: o verdadeiro Dia D é em 7 de setembro. No dia em que o Brasil comemora a sua independência, outro Brasil, o de Pelotas, comemora a sua fundação. Há 103 anos, nascia, sob a batuta de Breno Corrêa da Silva e Salustiano Brito, o Grêmio Esportivo Brasil. A partir daquela data, a história de Pelotas e do futebol não seria mais a mesma. Brotava ali, antes mesmo da segunda grande guerra, uma história de guerreiros e batalhas.
E nada mais justo do que, no dia do aniversário da sua maior paixão, os torcedores Xavantes serem os presenteados. No próximo domingo, desde cedo, a tradição falará mais alto. Novamente, a Maior e Mais Fiel, acostumada a grandes decisões e emoções, promoverá o seu ritual. Um ritual quase que obrigatório, assim como os rituais indígenas. Ritual que começa com o vestimento do manto sagrado, da incorporação do vermelho e preto ao corpo, como se camisa e pele fossem um elemento só. Passa pelo churrasco, pelas risadas, pelo nervosismo e pela concentração. Concentração de nervos, de ansiedade, de sensações, que só é explodida no momento do apito inicial, quando rugem os tambores de uma Charanga enlouquecedora e, como se fosse o mais alto e arrepiante som, ecoam, das gargantas rubro-negras, os cânticos que travestem os guerreiros de raça, garra e disposição. É uma combinação perfeita, inigualável, inexplicável.
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