Convocado ontem pela 7ª vez em 2012, desta vez para duelos fundamentais e de
altíssimo nível contra Iraque (se escalarem ex-oficiais da guarda pessoal do
Saddam Hussein jamais saberemos) e Japão (não me venham com aquele papo de “o
Japão vem evoluindo muito”), Leandro Damião está fora de metade
dos jogos do Inter em outubro.
Não enfrentará Atlético-MG, Figueirense e Atlético-GO.
Para quem ainda não tem certeza do estrago que isso produz em um time
instável como o de Fernandão, ofereço alguns números.
Em 124 jogos pelo Inter, Damião marcou 77 gols. Um a cada dois jogos.
Em finais, são seis: um na Libertadores de 2010 (Chivas), três na Recopa de
2011 (Independiente), um no Gauchão de 2011 (Gre-Nal) e outro no Caxias
(2012).
O Brasil é o único país do mundo que pune os clubes que revelam jogadores de
Seleção, castigando-os em meio ao mais importante campeonato nacional.
O caso do Inter nem é o pior.
Sem Neymar, o Santos estaria rebaixado.
Ontem, de novo, Marcelo Grohe aumentou o seu crédito junto ao torcedor.
Tirou o ângulo do atacante por baixo, desarmando-o com as mãos no confronto direto, numa ação técnica notável repetida por ele em quase todas as partidas.
Depois, voou no ângulo para garantir a vitória por 1 a 0 sobre o Barcelona, do Equador, em Guayaquil.
Um dia ele vai errar. Todos erram, embora a cada jogo ele pareça menos humano, tantas são as defesas milagrosas.
Quando isto acontecer, bastará pensar no tanto de vezes que ele salvou o Grêmio – e a beleza da justiça prevalecerá.
Quando defendi a venda de Victor para dar espaço a Grohe, fui chamado até de insano. Muitos concordaram, mas a turma da bronca aqui no blog enfileirou e abriu tiroteiro. Não acreditavam em Grohe.
O tempo é sábio.
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