Marcos Paraná foi o personagem do 351º Bra-Pel da história. O meia que ficou
no banco por um suposto desentendimento com o técnico Rogério Zimmerman foi o
autor do gol da vitória do Brasil sobre o Pelotas por 1 a 0. O resultado deixa o
Xavante na vice-liderança da chave 2 da Copa Hélio Dourado. O Lobão permanece na
quarta posição.
Desde cedo, Pelotas viveu o clássico. Ruas foram fechadas para permitir o
deslocamento dos carros, torcedores circularam com as camisetas pelas ruas,
houve festa e flauta. O ambiente da cidade lembrava, dentro das óbvias
proporções, o vivido em Porto Alegre em dias de Gre-Nal.
O Bento Freitas recebeu cerca de 10 mil torcedores. Animados, os xavantes
praticamente lotaram seu espaço. Já a torcida do Pelotas ocupou 70% das
arquibancadas destinadas a ela.
Mas o grande público não foi brindado com bom futebol. Pelo contrário: cheios
de atletas de marcação, Brasil e Pelotas passaram os primeiros 45 minutos sem
ameaçar os goleiros adversários. A única chance foi xavante, mas o goleiro Bruno
fez duas boas intervenções e impediu a abertura do placar.
Na volta do intervalo, o Brasil voltou com Marcos Paraná. O camisa 17 mudou a
partida. Ele botou a bola no chão e distribuiu o jogo. Foi justamente numa
tabela entre ele e Fabiano Eller, outro destaque do time, que ocorreu um dos
lances que mudaria o jogo.
Paraná foi derrubado quase em cima da linha da área, após receber do
ex-zagueiro colorado. No lance, William Paulista, do Pelotas, foi expulso, após
levar o segundo cartão amarelo.
Aos 23 minutos, Marcos Paraná repetiu o que
já fizera na Boca do Lobo, no Bra-Pel de ida da primeira fase. Recebeu da
intermediária, calibrou e acertou o ângulo de Bruno, que nada pode fazer.
– Treinei bastante esse lance. Fiquei aqui sexta-feira de tardezinha e ontem
chutando porque poderia definir o clássico. Que bom que repeti –
comemorou.
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1 x 0
Encerrado |
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