Com liberdade para se movimentar, Neymar mostrou que pode ser muito mais útil ao Barcelona se jogar mais solto. Ele deu caneta, chapéu, deu uma linha assistência de calcanhar e marcou um golaço de falta, além de inúmeras finalizações. Seu gol de número 200 na carreira. Se mexeu sempre em busca de espaços e acabou roubando a cena. Não à toa, teve seu nome gritado nas arquibancadas.
Coletivamente, a Seleção mostrou que ainda está só em começo de preparação, mas o nível já é suficiente para passar pela primeira fase. A defesa, incluindo o volante Luiz Gustavo, praticamente não foi exigida. Do meio para frente, as decepções foram o meia Oscar, muito tímido, e o atacante Fred, que perdeu um gol feito. Hulk também foi muito bem, assim como os reservas Willian e Maicon.
Mesmo sem brilhar...
O jogo demorou a esquentar. Com as linhas distantes uma das outras e um ritmo lento, o Brasil demorou a conseguir chegar à meta do goleiro McFarlane. Também contribuiu o fato do time canarinho estar, visivelmente, receoso com as entradas mais ríspidas do adversário.
Depois de abusar dos lançamentos longos, nos primeiros minutos, a Seleção finalmente passou a tocar mais a bola a partir dos 20 minutos. Até que aos 25, Neymar recebeu em velocidade e foi derrubado à frente da área. Na cobrança, aos 26, ele mesmo bateu com maestria, no ângulo direito do goleiro. Um golaço. Gol de número 200 na carreira do atacante.
O golaço de falta recolocou o “menino Ney” no jogo. Logo na jogada seguinte, o camisa 10 fez uma linda jogada. Ele tocou entre as pernas do ex-zagueiro do Grêmio Baloy e cruzou na medida para o atacante Fred. O camisa 9, contudo, atacou de zagueiro e cabeceou torto.
O time brasileiro continuou dominando amplamente pelos minutos seguintes, enquanto o goleiro Júlio César seguiu como mero espectador. O segundo gol saiu ainda no primeiro tempo. Aos 39 minutos, o lateral Daniel Alves recebeu passe do meia Oscar, cortou um marcador e bateu, de fora da área, no canto direito de McFarlane.
Menino Ney brilha
A segunda etapa começou com uma jogada de Neymar, logo no primeiro minuto. Com espaço, ele recebeu fora da área, de costas para o gol. Com um lindo toque de calcanhar, o craque desmontou a defesa adversária e encontrou Hulk livre. O atacante, com categoria, bateu de três dedos, na saída do goleiro.
Neymar continuou impossível e o Brasil poderia ter feito o quarto não fosse a falta de pontaria de Fred. Aos quatro minutos, o camisa 10 escapou pela direita e cruzou na medida para o centroavante, que mais uma vez cabeceou errado, para fora. Três minutos depois, o próprio Neymar invadiu a área pela esquerda e chutou de canhota, para grande defesa de McFarlane.
Logo, porém, o time brasileiro conseguiu voltar a controlar a partida. E melhorou, sobretudo, com a entrada de Willian na vaga do tímido Oscar. Foi do ex-meia do Corinthians o quarto gol. Neymar, sempre ele, avançou pelo meio e deu lindo passe para o lateral Maxwell na esquerda. O ala tocou tirando do goleiro e Willian só bateu para o gol.
Ficha Técnica
Brasil | 4 | x | 0 | Panamá |
Daniel Alves (Maicon), David Luiz (Henrique), Dante e Marcelo (Maxwell);
Luiz Gustavo, Ramires (Hernanes) e Oscar (Willian);
Hulk, Fred (Jô) e Neymar.
Técnico: Luis Felipe Scolari
Panamá
Parris Machado, Ramón Torres (Cummings), Baloy e Carroll (Rodríguez);
Gómez, Henríquez, Cooper (Jiménez), Quintero (Gabriel Torres) e Tejada (Nurse); Muñoz
Técnico: H. Gómez
FUTEBOL DO INTERIOR
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